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Fora de esquadro – 2004

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No Bangalô da Bandola – 2004
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Entre no clima do "Fora de Esquadro" (2004)

Como surgiu

Fruto de minha parceria com o poeta Mauro Aguiar, é um trabalho feito exclusivamente a quatro mãos, desde a concepção e roteirização até a seleção do repertório. Iniciada há seis anos, nossa parceria foi feita com base em trocas de ideias sobre diferentes visões de mundo e os caminhos da música brasileira. Histórias engraçadas e discussões acerca dos papéis da letra e da música fizeram parte de um trabalho que naturalmente se debruçou sobre a alma carioca.

Nesse disco, ao contrário de outros trabalhos, não busquei inventar um novo estilo - deixei que a intuição falasse por sí. O resultado foi um CD com doze faixas, em que dez sambas se unem ao choro-funk Pagode Jazz Sardinha`s Club e à canção Pimenta na Pupila (Rala Coxa), inspirada no estilo musical de Cabo Verde e que também está presente no disco instrumental "No Bangalô da Bandola", que lanço paralelamente.

Participações

Fora de Esquadro” contou com a participação de meus companheiros do Nó em Pingo D’água, o mesmo time de “No Bangalô da Bandola”: Celsinho Silva na percussão, Rogério Souza no violão e Luis Louchard no baixo. O outro grupo do qual participo, o Pagode Jazz Sardinha’s Club, tocou em duas faixas: “Pimenta na Pupila (Rala Coxa)” e “Sossega Leão”. O trombonista Roberto Marques também participou nas faixas “Chave de Cadeia” e “Pimenta na Pupila” com dois solos maravilhosos. Em “Samba Castiço”, música inspirada na levada de Jacob do Bandolim para a clássica gravação de “Barracão”, agradeço a participação do mestre do clarinete Paulo Moura e seu belo solo e também a Agenor de Oliveira pela inspirada interpretação concedida à música.

Na faixa “Insônia de Morcego”, um clássico samba de partido alto, contei com as participações de Agenor de Oliveira, Wilson das Neves, Mauro Aguiar, Pedro Lima e Elton Medeiros. A bossa característica e peculiar de cada um contribuiu para dar o justo toque de humor que a canção pedia. Em “Café Requentado” destaco a bela interpretação de Clarisse Grova no dueto sobre um casal em crise. Despeço-me citando o parceiro Mauro Aguiar: “Fora de Esquadro” reafirma a vocação dionisíaca do carioca, deixando que o devaneio defina seus caminhos.

Críticas

Rildo Hora


"Gosto muito da arte de Rodrigo Lessa. É inteligente, bom músico, compõe, toca e improvisa muito bem. Seu último CD está ótimo, comprova o seu talento alicerçado com nobreza na paisagem brasileira. Sou seu fã."

Tarik de Souza

Jornal do Brasil


“Entre a tradição ortodoxa e a modernidade miscigenada, Rodrigo Lessa não tergiversa.Brinca nas duas.”

Mauro Ferreira


“Tiziu Pirado é dez , Insônia de Morcego é um partido de alta estirpe”

Patrícia Cassese

Hoje em Dia (Belo Horizonte)


“...revelando um cantor e compositor pronto para fincar seu nome como verbete da enciclopédia da MPB..... No cômputo geral, um CD bastante envolvente, com momentos a se destacar, como 'Pimenta na Pupila' e 'Lapa Y Cuba', contagiantes. Já 'Fora de Esquadro' se destaca não só pelas melodias criadas pelo polivalente Lessa, como pelas ótimas letras de Mauro Aguiar. Trata-se de um disco sobretudo bem humorado e imagético........”

Roberto Moura

Tribuna On Line


“Fora de esquadro desvela um compositor cheio de suíngue, em parceria com Eduardo e Mauro Aguiar, dono de um estilo e de uma carioquice que me lembra o mineiro João Bosco em alguns de seus melhores sambas, em outros tempos,teria umas três ou quatro faixas transformadas em sucessos de execução ("No gurufim do Tio Sam", "Pimenta na pupila", por aí, tudo sempre com muito humor).”

Kiko Ferreira

O Estado de Minas


“O Carioca lança dois discos ao mesmo tempo”

Luis Fernando Vianna


“Rodrigo Lessa defende misturas ao Samba e choro”

Alexandre Aranha

www.popycorn.com.br


"Do Partido Alto ao Samba-Funk, a parceria de Rodrigo com o poeta Mauro Aguiar é um casamento extremamente feliz. As poesias contemporâneas – ao mesmo tempo rebuscadas e coloquiais, humoradas e sentimentais – dão a noção exata do contrastante quadro do Rio. E não só: da loucura da vida contemporânea, do “rebolar” diário em suas situações mais diversas, sempre com irreverência e certa dose de boa malandragem, mas com os dois pés bem fincados no chão – como é próprio do samba. O artista apresenta um samba heterodoxo, capaz de agradar à ouvidos distintos com suas misturas, que lhe fluem de forma extremamente natural."

Matéria do Jornal do Brasil